Para construir utilizando esta técnica é preciso que se tenha um solo argiloso, água, areia e palha. A próxima etapa é a mistura dos materiais e depois pisoteá-los até que se obtenha uma massa homogênea, com liga o suficiente para se formar bolas de barro que serão posteriormente colocadas diretamente na superfície. Com cob é possível construir paredes, armários prateleiras, bancos, enfim tudo que sua criatividade permitir. É como brincar de escultura. A humanidade vem brincando e construindo com cob desde o século XIII, data na qual foi criada a técnica na Inglaterra.
Espiral de ervas...
TAIPA
A Taipa em “Pau-a-Pique” é um processo milenar de construção trazido para o Brasil pelos Portugueses. É o barro armado com madeira. Consiste numa estrutura de ripas de madeira ou bambu, formando um gradeamento, cujos vazios são preenchidos com barro amassado.
A taipa tem sido constantemente envolta em uma aura de preconceito e considerada como uma técnica utilizada apenas pelas camadas mais pobres da população.
Dentre as muitas vantagens da taipa estão o baixo custo e as múltiplas possibilidades de uso.
Casa de farinha antes de embolsar
Detalhe da casa de farinha
Detalhe da pizzaria e moinho de fubá tradicional |
Detalhe da pizzaria com blindex reciclado e garrafas |
Parede de pau a pique com garrafas |
Detalhe da pizzaria - Blindex reciclado, com garrafas e bambu queimado |
ADOBE
Assim como o Cob, o Adobe é uma técnica de construção natural cuja matéria prima principal é o barro, adicionado a palha e água que depois de pisoteado é colocado em fôrmas de madeira chamadas de ''adobeiras''. Depois de secos, é só utilizar.Os tijolos de adobe foram utilizados em todas as grandes obras das civilizações humanas. Um dos exemplos mais significativos desta técnica são as muralhas da China.
Dentre as maiores vantagens da utilização desta prática, podem-se destacar: a rapidez, o conforto térmico, o baixo custo, assim como a versatilidade da utilização.
Forma utilizada para o adobe
Alunos do Capim-limão preparando a massa
Tijolos prontos, secando à sombra
Como relatado no Blog da Casa da Montanha, esta técnica utiliza tocos de madeira assentados com uma massa de terra +areia+serragem+ cal+cimento, muito fácil e leve de fazer.
O Cord wood, é uma excelente superfície térmica e acústica, pois além da combinação dos materiais naturais, existe uma largura de geralmente 20 cm. A técnica não é auto-portante, exigindo um sistema extrutural bem elaborado.
Para maiores detalhes veja:
http://organicaarquitetura.blogspot.com/2009/07/cord-wood-parede-de-madeira.html
Na pizzaria...
Construçao com barro, madeira e garrafas
Forno de pizza feito no curso de permacultura
Forno de pizza visto de lado |
Detalhe da parede da pizzaria vista de fora (pau a pique) |
Ferrocimento é uma técnica de construção que se aplica uma camada de 2 cm de cimento forte sobre uma estrutura feita com vergalhões de ferro, envoltos por uma tela de metal (de galinheiro). Pode ser aplicada em diversas funções, como cisternas de captação e armazenamento de água.
Para maiores detalhes veja:
http://www.fdd.org.br/html/capaguas.htm
A caixa d`água...
Armação de vergalhão e tela de galinheiro
Enbolsando por dentro e por fora...
Arturo no final da primeira camada de cimento
Construindo o tanque para tilápias |
Arremate |
Tanque para tilápias |
Compostagem feita utilizando a mesma técnica |
TRATAMENTO DE ESGOTO (AGUA NEGRA) ATRAVÉS DA BACIA DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO
O esgoto, de acordo com sua origem e composição, pode ser classificado
em água cinza – águas servidas de pias, chuveiro, lavadora de roupas – e água
negra – esgoto proveniente do vaso sanitário, composto principalmente por água,
urina e fezes. A água negra contem a maior parte da carga orgânica e de
patógenos, apesar de ser produzida em menor volume, apresentando maior risco de
contaminação.
Visando à simplificação do tratamento do esgoto doméstico, a segregação
na fonte é um passo que possibilita a reutilização da água cinza e o tratamento
da água negra em sistemas mais compactos e descentralizados (Otterpohl, 2001).
Por esta razão o sistema é composto por duas partes, a “Bacia de
evapotranspiração” destinada ao tratamento da negra e o sistema de “Circulo de
bananeiras” destinado ao tratamento de água cinza. Estes sistemas utilizam
bactérias aeróbicas e anaeróbicas e plantas para o tratamento da água em um
processo que se denomina “biorremediação” popularmente conhecido como “fossas
verdes”.
Atualmente estes métodos de remover concentrações de poluentes tem
sido recomendado pela comunidade científica, por eliminar ou minimizar a poluição
secundária.
A “bacia de evapotranspiração” (BET) consiste
em uma forma de tratamento alternativo, de baixo custo, que
utiliza microorganismos e plantas.
A “Bacia de Evapotranspiração” pode ser uma alternativas eficiente para o
tratamento dessas águas residuais oriundas do esgoto .
Muitos países vêm adotando este sistema, sendo os Estados Unidos e os
países da Europa os que mais investem nesta tecnologia, que consiste
na construção de dois compartimentos (aeróbico e anaeróbico) por onde as águas
e os compostos nutricionais, provindos da água residual é despejada. O primeiro
compartimento funciona como um filtro anaeróbico com microrganismos
deteriorantes; o segundo como uma zona aeróbica onde os detritos que ainda estiverem
na água são aproveitados pelas plantas e a água é evaporada para o ambiente
(evapotranspiração).
Alguns dos benefícios obtidos nos sistemas de tratamento de esgoto com a
bacia de evapotranspiração:
· Baixo custo de
implantação
· Aproveitamento
de Rejeitos de construções (entulho)
· Saneamento básico
sem contaminação do lençol Freático ou do solo
· Evaporação da
água utilizada no sistema de volta para o ambiente.
A biorremediação pode ser dimensionada para várias edificações inclusive
industrias, podendo absorver uma maior quantidade de resíduos.Entre as diversas
vantagens deste sistema são: uma tecnologia barata e segura; a sua utilização
em locais com solos drenados; a não adição de químicos; a possibilidade do
tratamento da água nível industrial e residencial, a sua utilização em locais
onde não exista o sistema convencional. Além disso, a biorremediação não exala
odores, aproveita o espaço para o plantio de plantas ornamentais e atrai fauna
diversificada.
Este tipo de iniciativa traz melhorias ambientais consideráveis ,
evitando à contaminação do solo e lençóis freáticos, diminuindo,
conseqüentemente, as doenças relacionadas à água contaminada e incentivando o
turismo rural.
O maior benefício do sistema é que não gera nenhum tipo de efluente e os
dejetos humanos são transformados em nutrientes para plantas, e a água somente
sai por evaporação, quando 100% limpa. Assim, os estudos mostraram que estes
sistema de tratamento de efluentes reduzem o impacto ambiental pelo lançamento
de esgotos em córregos e rios, o que viabiliza seu uso em residências tanto em
área urbana como rural.
Impermeabilização da bacia de evapotranspiração - primeira camada de cimento |
Colocação da tela de galinheiro |
Segunda camada de cimento sobre a tela de galinheiro (técnica de ferrocimento) |
Bacia de evapotranspiração curando com água |
Teste da impermeabilização da bacia de evapotranspiração |
Colocação das camadas de entulho, brita grossa, brita fina e areia |
Colocação da camada de terra |
Ladrão do sistema de evapotranspiração |
Ladrão da bacia de evapotranspiração |
Veja o passo a passo da construção da bacia de evapotranspiração em: http://www.setelombas.com.br/2010/10/bacia-de-evapotranspiracao-bet/
SISTEMA DE TRATAMENTO COM O CÍRCULO DE BANANEIRAS
O círculo de bananeira (CDB) é usado para tratar as águas cinza,
oriunda das pias, tanques, chuveiros e máquinas de lavar.
Para saber o passo a passo da construção do círculo de bananeiras acessar: www.setelombas.com.br/2006/10/14/circulo-de-bananeiras
EXPERIENCIAS COM A TINTA NATURAL DE AÇAFRÃO
Cacto utilizado na preparação da tinta
Aplicanto a tinta...
ESPIRAL DE ERVAS FEITO COM PEDRAS
Construção do espiral de ervas no curso Pdc
Espiral de ervas semi-pronto
Cartaz do curso de construção com bambu
Uma realização Taboca e Sítio Abaetetuba:
Taboca é um coletivo formado em 2003 por dois designers e dois arquitetos, estudantes à epoca, para realizar projetos de arquitetura e design com foco em sustentabilidade. Desde então realizamos cursos de construção com bambus, projeto e execução de móveis e objetos com bambus, projetos e execução de arquitetura ecológica, projetos de arquitetura comercial com foco em ecodesign, projeto e execução de estruturas de bambu para paisagismo e participamos de programas de capacitação em empreendedorismo pelo SEBRAE-RJ e pela Incubadora de Empresas da COPPE-UFRJ.
Por que Taboca?
Taboca é uma palavra de origim Tupi : ta (sim) + boca (rachar ou poca: estalar, estourar), aplicada para espécies de taquaras nativas. Este nome dá-se provavelmente pelo fato da taquara (ou taboca), estalar sob a ação do fogo, com considerável estampido. Também estalam quando a vara é submetida a um objeto cortante ou quando submetida a movimentos mecânicos provocados pela natureza como ventos, chuvas e tempestades. A Palavra taboca também remete a taba + oca que significa casa ou abrigo.
A seguir fotos da estrutura desenvolvida no curso de construção com bambu, realizado nos dias 2 a 4 de abril de 2010, como parte integrante da tese de doutorado: “Design de estruturas reticuladas de bambu em estações de permacultura”, do aluno Daniel Malagutti, do Departamento de artes e desing da PUC, sob orientação do professor doutor, José Luiz Ripper.
Estrutura de bambu para telhado montada
Estrutura de bambu colocada
Estrutura de bambu colocada
Ao fundo telhado forrado com juta e em primeiro plano a maquete do projeto
Telhado de bambu coberto por juta visto de baixo
Massa de barro e palha para telhado
Modelo do telhado pronto
O telhado é construído da seguinte maneira:
- Trama de bambú
- Camada de juta
- Camada de barro e palha
- Camada de resin